Qual o perfil de sua gestora?
A Capital Lab foi fundada em 2016 como uma plataforma de investimentos de venture capital, dedicada a conectar os centros de inovação com o ecossistema que financia essas iniciativas. Temos escritórios em São Paulo e em Londres, e buscamos oportunidades de investimento e investidores nesses territórios. Nossa meta é descobrir as startups brasileiras mais promissoras e transformá-las em empresas globais.

Como está a demanda por esses investimentos?
A demanda está aquecida. O que vem atraindo mais interesse dos investidores são as tecnologias que conectam os dispositivos, a chamada tecnologia distribuída. Aí entra a internet das coisas. Outros temas interessantes são a realidade virtual, e o reconhecimento biométrico.

Em quais empresas o fundo investe?
Investimos em 11 empresas. Nosso foco são startups que tornam as tecnologias viabilizadoras em algo comercialmente viável. É o chamado “deep tech”.

Explique melhor esse conceito.
São tecnologias que você usa sem perceber. Onipresentes, mas invisíveis. O melhor exemplo está na sua mão: é seu telefone celular. A parte tecnológica visível são os aplicativos que você usa. Mas isso não basta. É preciso que haja torres de telefonia, fibra ótica e sistemas que garantam a conectividade. Essa é a parte invisível. A infraestrutura lógica que permite que você e eu conversemos sem tarifa por aplicativo, mesmo que eu esteja em Londres e você esteja em São Paulo.

Qual o impacto dessas novas tecnologias?
Enorme. No modelo econômico anterior, o valor existia nos ativos. Agora, ele existe nas plataformas de serviços. Vamos comparar, por exemplo, a Ford e a Tesla. Desde sua fundação, a Ford ganhou dinheiro vendendo automóveis. Agora, no modelo Tesla, o valor do carro como ativo vai tender a zero. O valor estará no veículo como uma plataforma de serviços, como venda de dados. Pode ser um aplicativo como o Google Maps, podem ser produtos de distribuição de música.

Quais as características do fundo?
É o primeiro fundo aberto para investidores não institucionais. A aplicação mínima é de US$ 50 mil, o que permite democratizar o acesso a pessoas físicas de alta renda.

SAFRA LANÇA CARTEIRAS COM ESTRATÉGIA ESG

O Banco Safra lançou dois fundos com estratégia ESG, o Safra Direct Carbono e o Safra ASG Global. O Direct aloca recursos diretamente no mercado de futuros de crédito de carbono. Nesse mercado, empresas, em geral europeias, negociam licenças de emissão de carbono. O Fundo ASG Global é um multimercado com exposição ao câmbio. Ele investe em fundos que buscam empresas, brasileiras ou não, que atendam aos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança).

XP APOSTA EM ETF DE FUTUROS DE CARBONO

A XP lançou na segunda-feira (14) um fundo de crédito de carbono. O Trend Carbono Zero vai investir em contratos futuros de créditos de carbono negociados nos países onde esse mercado é regulado e mais líquido. O fundo replicará o IHS Markit Global Carbon Index por meio de exposição a cotas em um ETF no exterior, com alocação de 75% no mercado europeu e 25% no mercado norte-americano. O investimento mínimo será de R$ 100 e a taxa de administração é de 0,5%.

SANTANDER AVANÇA NO MERCADO OFFSHORE

A empresa de gestão de recursos do Santander lançou dois fundos offshore multitemáticos destinados a investidores qualificados, com patrimônio de mais de R$ 1 milhão. Haverá duas versões, o Santander Future Wealth Dólar, com exposição cambial, e o Santander Future Wealth Reais, sem exposição cambial. O investimento mínimo inicial é de R$ 50 mil e a taxa de administração é de 1%. A referência dos fundos é o índice MSCI AC World (MSCI ACWI).

SOBE
0,032 pontos 

Foi o aumento do Índice de Gini no Brasil no primeiro trimestre. Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), esse indicador mede a desigualdade e oscila entre zero e um. Zero indica igualdade de renda e, quanto mais próximo de um, pior a distribuição de renda e maiores as diferenças econômicas. Com esse aumento, o indicador atingiu o recorde de 0,674 pontos, superando os 0,642 obtidos nos primeiros trimestres de 2020 e de 2019. O resultado mostra o aumento da desigualdade no Brasil devido à pandemia.

DESCE
10,89% 

Foi a queda na renda do trabalho na população em idade ativa, considerando os desocupados, no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2020, segundo o FGV Social. Entre a fatia dos 50% mais pobres, o recuo da renda foi ainda maior e atingiu 20,81%. De acordo com o autor da pesquisa, Marcelo Neri, a queda na taxa de participação no mercado de trabalho para a população em geral respondeu por mais de 80% do recuo na renda. Já entre os mais pobres, o aumento do desemprego teve peso maior.