Por que a Dotz comprou a Netpoints?
Temos um posicionamento muito forte no mundo do varejo, que é o nosso avião. E a Netpoints era a única companhia com uma atuação próxima do que fazíamos. No processo de consolidação, fazia todo sentido trazê-la para dentro. Essa transação reforça de forma absoluta nossa liderança no mercado de varejo.

De que tamanho fica a Dotz com a incorporação?
Posso destacar dois indicadores. O número de clientes, excluindo a sobreposição que é pequena, na casa de 7%, chega a 40 milhões de pessoas. Outro número é o da receita das redes de varejo que passam a fazer parte de nossa rede, que chega a R$ 30 bilhões. Seríamos uma das três maiores redes de varejo do Brasil, considerado o faturamento de todos os nossos parceiros.

A marca Netpoints vai sumir?
Sim, vamos consolidar tudo na marca Dotz. Mas antes precisamos esperar a aprovação do Conselho Econômico de Defesa Econômica (Cade), o que deve demorar até 60 dias.

Alguma preocupação com o Cade? Afinal, a Dotz elimina um concorrente na área de fidelidade focada no setor de varejo…
Não. O mercado de fidelidade é ainda muito pequeno. Multiplus e Smiles, que estão sendo incorporadas por Latam e Gol, respectivamente, são muito maiores. No caso de Dotz e Netpoints, existe uma complementariedade muito grande. Atuamos em regiões diferentes. Mas, claro, temos de aguardar a decisão final.

(Nota publicada na Edição 1094 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Ralphe Manzoni Jr.)