Autoproclamado presidente da Venezuela, o opositor ao governo de Nicolás Maduro, Juan Guaidó, trabalha com sua equipe para estabelecer um plano econômico para a recuperação do país em uma transição que se mostra complicada. Segundo o jovem líder, há dois problemas principais a serem enfrentados: conseguir realizar a chegada de alimentos e remédios para acabar com o problema crônico de falta de itens básicos e estancar a hiperinflação que chega à casa dos sete dígitos.

Segundo o Valor Econômico, Guaidó já costurou acordos com países que o reconhecem como presidente da Venezuela para captar US$ 2 bilhões para ajudar a solucionar os problemas do país. Há também uma negociação para captar outros US$ 2 bilhões com o FMI, que seriam disponibilizados no dia da transição e usados para a estabilização cambial.

O deputado opositor José Guerra disse ao jornal que Brasil, Colômbia, EUA e países da União Européia já concordaram em criar um fundo de US$ 2 bilhões para ajuda humanitária, que seriam gastos nos primeiros 90 dias do governo de Guaidó. Outro deputado, que não quis ser identificado, disse que o cálculo é de que seja necessário US$ 8 bilhões em ajuda para a compra de alimentos e remédios.