A cotação do bitcoin superou nesta segunda-feira (23) a marca de 50.000 dólares pela primeira vez em três meses, em meio a um interesse renovado dos investidores pela criptomoeda.

Às 9H25 GMT (6H25 de Brasília), a unidade subia 4%, a 50.350 dólares, o nível mais elevado desde maio, quando iniciou uma desvalorização por uma série de fatores, incluindo o controle do governo chinês sobre as criptomoedas e a decisão de Elon Musk, fundador da Tesla, de parar de aceitar criptomoedas pelo impacto ambiental provocado pela mineração deste tipo de divisas.
Dólar acompanha exterior e cede terreno ante real

Porém, o grupo de veículos elétricos posteriormente expressou apoio ao bitcoin, enquanto outros investidores importantes, como o fundador do Twitter, Jack Dorsey, também manifestaram interesse.

A cotação é estimulada agora por um anúncio do grupo de pagamentos online Paypal “que ampliou o serviço de compra e vendas de criptomoedas ao Reino Unido”, “um sinal claro de uma demanda crescente”, afirmou o analista independente Timo Emden.

“E o anúncio da semana passada da (plataforma) Coinbase, que investirá 500 milhões de dólares de seus recursos em criptomoedas, é parte do entusiasmo do mercado”, acrescentou Neil Wilson, analista do Markets.com.

O bitcoin subiu mais de 70% desde junho, quando registrou cotação de 29.000 dólares, e a especulação é de que pode subir até alcançar 100.000 dólares.

Rick Bensignor, da Bensignor Investment Strategies, calcula que “está se aproximando do ponto mais alto de sua nova faixa de negociação”, entre 40.000 e 50.000 dólares.

O bitcoin, no entanto, continua distante de seu valor máximo histórico, de quase 65.000 dólares em abril.