Por Rafaella Barros

(Reuters) – A mineradora Vale pretende encerrar o ano com 12 de suas 30 barragens a montante eliminadas, o que representará investimento de 400 milhões de dólares só em 2022 em obras de descaracterizaçao das estruturas, disse a empresa à Reuters.

O programa de eliminação das barragens, iniciado há quatro anos, já custou 857 milhões de dólares, dos 4 bilhões projetados pela empresa até 2035, uma vez que busca acabar com as estruturas existentes antes de desastres como os de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.

O rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019, resultou em uma onda de rejeitos de mineração que atingiu a região e deixou 270 mortos.

Até agora, sete estruturas foram eliminadas, sendo quatro em Minas Gerais e três no Pará.

Até o final do ano, outras cinco em Minas Gerais serão descaracterizadas: o Dique Auxiliar da Barragem 5, na Mina Águas Claras, em Nova Lima; os Diques 3 e 4, da barragem Pontal; a barragem Ipoema, em Itabira; e a Barragem Baixo João Pereira, em Congonhas.

Segundo a Vale, as 12 barragens que terão sido descaracterizadas até dezembro representam um volume total de 46,9 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Os processos envolvem os órgãos ambientais estaduais, além da Agência Nacional e Mineração (ANM) e os Ministérios Públicos estaduais, com suas respectivas auditorias.

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