O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), espécie de prévia da inflação do mês, registrou uma alta de 0,69% em março nos primeiros 15 dias de março. Em fevereiro o índice também registrou alta de 0,76%. 

De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumento de preço no período. A única exceção foram os artigos de residência, que tiveram deflação de -0,18%. 

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Confira a lista da variação de preços por grupo: 

Vestuário: 0,11%

Transportes: 1,50%

Alimentação e bebidas: 0,20%

Saúde e cuidados pessoais: 1,18%

Habitação: 0,81%

Despesas pessoais: 0,28%

Artigos de residência: -0,18%

Comunicação: 0,08%

Educação: 0,75%

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,36%, abaixo dos 5,63% observados nos 12 meses imediatamente anteriores

Carne e batata aliviam o bolso do brasileiro 

Apesar da alta de 0,20% no grupo de alimentação e bebidas, muitos produtos comuns na mesa do brasileiro ficaram mais baratos em março. 

Batata-inglesa (-13,14%), tomate (-6,34%), cebola (-12,13%), óleo de soja (-2,47%), contrafilé (-2,04%) e frango em pedaços (-1,94%) foram subitens que mostraram recuo nos preços. Do outro lado, o preço do ovo de galinha subiu 8% em apenas um mês. 

Combustíveis foram os vilões

Depois da confirmação da reoneração dos combustíveis pelo governo federal, foram eles que pesaram mais no bolso do brasileiro. O grupo do Transportes foi o que mostrou a maior alta: 1,50%.

O aumento de 5,76% nos preços da gasolina foi o maior impacto individual no IPCA-15 de março. A subida no grupo dos transportes também teve o etanol com alta de 1,96%, que em fevereiro havia tido queda de 1,65%. 

O óleo diesel (-4,86%) e o gás veicular (-2,62%) registraram queda.

Outro ponto a ser destacado foi a alta de 9,02% nos transportes por aplicativo, após recuo de 6,05% no mês passado.