Dois dos principais escritórios de advocacia do Brasil estão cada vez mais atarefados com empresas sedentas por novos negócios. No Siqueira Castro, nesses primeiros 45 dias do ano, seis operações estão em análise, tanto de lançamento inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores como de fusão e aquisição.

“O apetite aumentou e as companhias voltaram a discutir valores de negócios. São operações relevantes e o momento é propício”, diz o sócio do setor societário Sérgio Fogolin.

Responsável por dois terços de todos os IPOs que aconteceram no Brasil a partir de 2004, o Mattos Filho tem 10 empresas com perspectivas de acessar o mercado em 2017. O que deve facilitar o trabalho é que muitas se prepararam nos últimos dois anos para aproveitar uma janela de oportunidade.

“Uma companhia com tudo em ordem, com bancos e advogados engajados, sem a necessidade de uma reorganização societária, demora cerca de quatro meses para acessar o mercado”, afirma Jean Arakawa, sócio responsável pela estruturação dos IPOs.

(Nota publicada na Edição 1006 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo, Márcio Kroehn e Paula Bezerra)