A vacina contra covid-19 desenvolvida pelo Grupo Nacional Farmacêutico da China, estatal e conhecido como Sinopharm, pode ficar pronta para distribuição ainda este ano. A informação foi dada pelo próprio presidente da Sinopharm, Liu Jingzhen, em entrevista à televisão estatal chinesa CCTV.

De acordo com Liu, os testes clínicos começaram na semana passada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, e devem ser concluídos em aproximadamente três meses, abrindo espaço para entrega ao mercado no fim de 2020.

+ 15,5 milhões de pessoas tiveram sintoma de síndromes gripais em junho, diz IBGE
+ ‘Não voltaremos ao antigo normal’, afirma diretor-geral da OMS 

Na quarta, no entanto, o diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, descartou a possibilidade de uma vacina tão rapidamente. “A ideia de que teremos uma vacina em dois ou três meses e, de repente, esse vírus terá passado… Adoraria dizer isso a vocês, mas não é realista”, ressaltou, em coletiva de imprensa.

Corrida

Outro laboratório chinês também está na corrida por uma vacina contra o novo coronavírus. A farmacêutica Sinovac desenvolve a Coronavac, em parceria com o Instituto Butantã e já realiza testes em voluntários no Brasil. De acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), porém, as doses para uso geral só devem ser produzidas no início de 2021.

Outro imunizante experimental que está em testes no Brasil é o AZD1222, desenvolvido pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca. Já as farmacêuticas Pfizer e BioNTech devem entregar ao menos 100 milhões de doses de uma vacina contra o coronavírus até o final do ano, mas a quantidade já foi inteiramente contratada pelos Estados Unidos.

*Com informações da Dow Jones Newswires