Uma pesquisa publicada no site especializado Science Academy apontou que mais de 40% das pessoas relataram diferenças no fluxo de sangue na menstruação após tomarem a vacina contra a Covid-19. 

Entre as 40 mil mulheres e homens trans ou pessoas não binárias entrevistadas e que tinham fluxo menstrual regular e estavam com o ciclo de vacinação completo, 44% apontaram que não tiveram qualquer alteração. 

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“Geralmente, as alterações no sangramento menstrual não são incomuns ou perigosas, mas a atenção a essas experiências é necessária para construir confiança na medicina”, aponta o estudo. 

A pesquisa foi comandada pela antropóloga biológica da Escola de Medicina da Universidade de Washington, Katherine Lee, em parceria com a especialista em saúde da mulher da Universidade de Illinois, Kate Clancy, ambas dos Estados Unidos.

Entre as pessoas com menos de 45 anos, as que tiveram períodos mais intensos após serem vacinadas eram mais propensas a ser mais velhas, identificar-se como latinas ou hispânicas ou ter condições pré-existentes, como endometriose.

A pesquisa indica que o mais provável é que as vacinas possam estar mexendo com as vias inflamatórias do corpo, em vez de alterar as vias dos hormônios ovarianos, porque há pouca diferença entre as pessoas que estavam tomando contracepção hormonal e aquelas que não estavam.

A pesquisa vai ao encontro de outras duas, realizadas no Reino Unido e na Holanda, de que os imunizantes podem causar esse tipo de alteração. As empresas farmacêuticas, no entanto, não haviam alertado sobre essa questão. 

Os próximos passos de Lee e Clancy são analisar novamente todo o conjunto de dados da primeira pesquisa, para ver se as descobertas são verdadeiras em uma amostra maior e ao longo do tempo.