A vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson produz várias respostas imunológicas que permitem que ela seja eficaz contra diferentes variantes do vírus, de acordo com um estudo divulgado esta semana e publicana na revista Nature. O artigo afirma que a vacina da Johnson & Johnson ativou as respostas imunológicas contra a cepa original, bem como as variantes Alfa, Beta, Gama e Epsilon.

O estudo concluiu que a da farmacêutica Janssen “ofereceu forte proteção contra casos sintomáticos” de Covid-19 na África do Sul e no Brasil, onde as variantes causaram a maioria dos casos sequenciados.

+ Bolsonaro pede parecer para desobrigar uso de máscara por vacinados

Os pesquisadores estudaram as respostas imunológicas celulares e de anticorpos de 20 voluntários com idades entre 18 e 55 anos. O estudo descobriu que menos anticorpos neutralizantes apareceram na luta contra as variantes Beta e Gama, encontradas pela primeira vez na África do Sul e no Brasil, respectivamente, quando comparadas à cepa Covid-19 original.

Aqueles com a cepa Beta produziram cinco vezes menos anticorpos neutralizantes do que aqueles com a cepa original. Para a variante Gama, as pessoas desenvolveram 3,3 vezes menos desses anticorpos.

Mas o anticorpo não neutralizante e as respostas imunes das células T foram “amplamente preservadas” e compensadas no combate às variantes, que os pesquisadores disseram indicar como essas respostas imunológicas poderiam proteger contra a Covid-19 e suas variantes.

O estudo determinou que uma única dose de Johnson & Johnson protegeu contra Covid-19 grave em 86% dos participantes nos Estados Unidos, 88% daqueles no Brasil e 82% na África do Sul.

Desde que a Food and Drug Administration (FDA) emitiu uma autorização de uso de emergência para a vacina Johnson & Johnson em fevereiro, mais de 11,2 milhões de doses da vacina foram administradas nos EUA

Em abril, as autoridades de saúde dos EUA recomendaram brevemente uma pausa na distribuição das vacinas da Johnson & Johnson após o surgimento de raros casos de coágulos sanguíneos. Posteriormente, as autoridades determinaram que os benefícios da injeção superavam os riscos e suspenderam a pausa sugerida