A vacina da Pfizer contra a Covid-19 não estará disponível tão cedo às crianças menores de cinco de anos. Segundo Alejandra Gurtman, vice presidente de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da farmacêutica americana, as doses aplicadas em crianças entre 2 a 5 anos não geraram as respostas imunes esperadas inicialmente.

A Pfizer trabalha com a possibilidade de a vacinação à faixa etária ser composta por três doses, mas os resultados dos testes clínicos devem ficar prontos apenas no início de abril, segundo o USA Today. Assim, os cientistas podem avaliar riscos e confirmar a eficácia das três doses às crianças.

+ Bolsonaro faz pregação contra vacina pediátrica da Covid-19 e ataca Anvisa
+ Município do Rio começa a vacinar crianças no dia 17 de janeiro

“Esta deve ser uma vacina de três doses”, disse Gurtman em reunião do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização, na última quarta (5). A cientista afirmou também que a Pfizer já avalia uma dose de reforço às crianças entre 5 e 12 anos – público que foi incluído nesta semana no Brasil pelo Ministério da Saúde na campanha de imunização contra o coronavírus.

Gurtman ainda ressalta que a vacina se mostrou segura quando aplicada em crianças mais novas, da mesma maneira que em crianças entre 5 e 12 anos e em adultos. Como são três grupos etários distintos, há uma fórmula específica para cada faixa de idade:

– 2 a 5 anos: 3 microgramas;
– 5 a 11 anos: 10 microgramas;
– Acima de 12 anos: 30 microgramas.

Outros fabricantes de vacina contra a Covid-19, como a Moderna, estão atrasadas em relação à vacinação de crianças. Por isso, apenas a vacina da Pfizer foi autorizada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos.

O país vacinou, até esta semana, 1 milhão de crianças entre 5 e 11 anos, com outras 700 mil doses já agendadas – não houve registros de complicações causadas pelo imunizante.