A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, afirmou nesta sexta-feira que, independentemente da reformulação bem-sucedida do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) com Estados Unidos e México, seu país continua a considerar “absurdo” o uso pelo governo do presidente americano, Donald Trump, de tarifas contra o aço e o alumínio canadenses com o argumento da segurança nacional. Segundo ela, não há inclusive base legal para esse uso, por isso o governo canadense continua a contestá-lo e pedir seu fim.

Freeland falou a repórteres em Buenos Aires, onde está para a cúpula do G-20. Mais cedo, os líderes de Canadá, EUA e México assinaram uma versão revisada do Nafta, o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês). A ministra qualificou a iniciativa como “provavelmente a mais significativa do mundo” e viu a revisão como uma vitória também para seu país.

Segundo Freeland, o acordo é bom para o Canadá e evita o “risco real” que havia de uma desarticulação no comércio regional. Ela disse que o governo do premiê do Canadá, Justin Trudeau, concordou com um “modesto aumento no acesso de mercado” canadense para os EUA. Ainda assim, o acordo protege empresas e famílias e “fortalece significativamente nossas relações comerciais com os parceiros americanos”, o que é “crucial para as empresas”.