Após a Polícia Federal (PF) informar que o celular do presidente Jair Bolsonaro foi alvo de hackers, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira, 25, que não há previsão de mudar procedimentos na Esplanada até o momento. Assim como Bolsonaro, Lorenzoni também mantém o número pessoal que usava antes de assumir o cargo. Eles se recusam a usar o aparelho criptografado oferecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) porque preferem falar por Whatsapp.

Lorenzoni contou que o presidente e os ministros utilizam o celular “regulamente”, mas que não temem eventuais divulgações do conteúdo. “Zero de preocupação”, respondeu ao ser questionado sobre possíveis vazamentos. “O Whatsapp a gente usa regularmente, quase todos (os ministros). Até porque é (aplicativo) o mais usado por toda a sociedade. Não tem nenhuma medida até o presente momento de alteração da rotina.”

Ele ressaltou que pode haver alguma mudança de protocolo na próxima semana. “Teremos reunião ministerial na próxima terça-feira e pode ser que a Abin ou o próprio Ministério da Justiça possam trazer algumas alterações principalmente na comunicação entre os ministros e o presidente. Mas até o momento não”, declarou.

Em nota, o GSI destacou que disponibiliza, através da Abin, um Terminal de Comunicação Seguro (TCS), mas que cabe às autoridades “optar pelo equipamento e operá-lo conforme suas necessidades funcionais”.

“O TCS é móvel, possui funções de chamada de voz e troca de mensagens e arquivos criptografados com algoritmos de Estado. Não permite a instalação de aplicativos comerciais e pode realizar ligações em claro (sem criptografia)”, diz a nota do ministério.

“Preventivamente, considerando a complexidade do tema, nos cenários nacional e internacional, o GSI publica recomendações e alertas de segurança à Administração Pública Federal”, afirma outro trecho do texto. O GSI ressalta que detalhes e desdobramentos do assunto serão apurados pela PF.