A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizou um levantamento para identificar quantos e quais ultrafreezers podem ser utilizados na região de Campinas, em São Paulo, para as vacinas contra a covid-19 que necessitam de armazenamento em baixíssimas temperaturas.

O estudo visa oferecer opções ao governo federal, caso ocorra a compra de imunizantes com a tecnologia de RNA mensageiro, iguais aos aplicados em países da Europa e nos Estados Unidos. O professor Luis Carlos Dias, do Instituto de Química da Unicamp, disse ao G1 que a ideia é mapear os aparelhos existentes na região e, posteriormente, enviar as informações às secretarias de saúde.

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Os equipamentos precisam manter a temperatura em até – 80ºC. A universidade já identificou 10 ultrafreezers que poderiam ser utilizados para armazenar as vacinas antes da distribuição aos locais de aplicação. Destes, nove estão dentro da Unicamp e um de uma empresa de imunização de Hortolândia (SP).

Segundo o levantamento, os ultrafreezers poderiam, em conjunto, armazenar até 300 mil doses desses imunizantes. Entre as vacinas que usam essa tecnologia estão a da Pfizer/BioNTech e a da Moderna.

O governo do estado de São Paulo prevê o início da vacinação em 25 de janeiro, com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante não depende de ultrafreezer e pode ser armazenado na cadeia de frio existente nas atuais salas de vacina.