Uma das situações mais dramáticas entre as obras da PDG é a do empreendimento comercial Oscar Niemeyer Monumental, que deveria ter sido entregue em agosto deste ano, mas ainda não teve uma estaca fin cada no chão. “A única coisa que foi feita foi a escavação. Não houve nem o trabalho de fundação. Na prática, nada foi feito”, diz o advogado Hamilton Quirino, que representa os donos das 243 unidades vendidas, alguns dos quais têm ações judiciais contra a incorporadora.

Um dos investidores do Niemeyer Monumental – projeto desenvolvido pelo criador de Brasília, morto em 2012 – foi o despachante Ivan Tavares Fontes, que vê na retomada das obras a “única chance” de reaver o dinheiro. Ivan comprou duas salas, com desembolso total de R$ 410 mil.

Diante do investimento já feito, ele diz não ver outra saída a não ser a retomada das obras. “O empreendimento não tem dinheiro, e o terreno valeria hoje cerca de R$ 10 milhões, insuficiente para ressarcir aqueles que já pagaram.”

Debate. A associação dos compradores vai se reunir no sábado para debater o repasse do empreendimento a outra construtora que já se mostrou interessada na obra. “O desafio é reunir ao menos os donos de metade das unidades para seguirmos em frente a proposta.”

O novo parceiro teria o direito de vender o restante das unidades – no total, são 770. Quem já pagou pela sala comercial só deverá fazer contribuições adicionais depois que a obra estiver mais adiantada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.