A Acrefi começou a enxergar uma luz no fim do túnel no mercado brasileiro. E bota luz nisso. A expectativa da associação, que reúne 55 bancos e financeiras, é a de que o PIB brasileiro cresça 0,7% neste ano e mais 2,3% em 2018. “O consumidor estava com falta de confiança e agora está retomando. Mas está muito mais consciente dos gastos”, diz Hilgo Gonçalves, presidente da Acrefi.

Eu acredito!

Para o mercado de crédito, então, Hilgo é ainda mais otimista. “Acreditamos em um crescimento nominal de 5% a 8% para o mercado neste ano e 8% a 12% no ano que vem.” O que o leva a crer nessa retomada são as medidas adotadas pelo governo, como a PEC do teto dos gastos, a inflação dentro da meta, a queda da taxa de juros e provável aprovação da reforma da Previdência. “Chegaremos ao fim do ano com uma taxa de juros de 8,5%”, afirma Gonçalves.

A redução do spread

Outra esperança pela retomada do consumo e da oferta de crédito reside no aprimoramento do Cadastro Positivo, que tem o objetivo de baratear o crédito para os bons pagadores. A expectativa é a de que ele inclua automaticamente todos os brasileiros. O projeto está no Congresso e precisa ser votado. “Isso reduziria muito o spread bancário”, diz Gonçalves. “Afinal a inadimplência é responsável por 50% do spread. O cadastro positivo reduziria a inadimplência e aumentaria o crédito disponível no mercado.”

(Nota publicada na Edição 1012 da revista Dinheiro, com colaboração de: Luís Artur Nogueira e Márcio Kroehn)