O 19º prêmio Os Brasileiros do Ano, promovido pela Editora Três, reconheceu na noite da segunda-feira 3, em São Paulo, a contribuição ao País de personalidades que se superaram naquilo que fazem de melhor e, por isso, servem de inspiração para todos. A cerimônia também contemplou a premiação Os Empreendedores do Ano 2018, que valoriza os esforços e o desempenho de quem acredita e trabalha pelo País. “Temos grande convicção de que a própria sociedade, mais do que o novo governo, reerguerá o País”, afirmou Caco Alzugaray, presidente-executivo da Editora Três. Não por acaso, o prêmio de Brasileiros do Ano 2018 foi destinado a três eleitores. Eles representam o desejo de mudança e o poder transformador do voto – a maior garantia de preservação do estado democrático, uma conquista dos brasileiros que não pode, jamais, ser colocada em risco. Em um ano marcado pela tensão do processo eleitoral, a revista ISTOÉ premiou como Brasileiro do Ano na Política o governador eleito de São Paulo, João Doria. Ao receber o prêmio, ele afirmou que seu partido, o PSDB, não pretende se alinhar ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, mas que é preciso “confiança e positivismo no País”. O mesmo sentimento foi demonstrado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, premiado na categoria Justiça. Ele dedicou a homenagem recebida aos “delegados, procuradores e juízes que procuram construir um País melhor e maior”, mas não esqueceu da sociedade brasileira que, segundo ele, “deixou de aceitar o inaceitável – e o que se tem de novidade é essa imensa de demanda em busca de integridade”.

Destacando o talento brasileiro nas mais diversas áreas, foram premiados também personalidades do esporte, da música, da cultura, da TV e da comunicação. Todos se destacaram em 2018, caso do técnico Luís Felipe Scolari, que como treinador do Palmeitas conquistou o decacampeonato brasileiro para o time, e do surfista Gabriel Medina, que esta semana disputa seu segundo título mundial, no Havaí. Comediante que brilhou em 2018 com suas imitações dos candidatos à Presidência da República, Marcelo Adnet foi eleito o Brasileiro do Ano na Comunicação. Na categoria Televisão, a premiada foi a atriz Jéssica Ellen, que atuou na minissérie “Assédio”. O palco contou ainda com a presença de dois ministros de Estado: Sérgio Sá Leitão, da Cultura, que entregou o prêmio de Brasileiro do Ano ao escritor Geovani Martins; e Rossieli Soares da Silva, da Educação, que entregou a Eduardo Mufarej, do Renova BR, o prêmio de Empreendedor do Ano em Impacto Social. Parlamentares, líderes empresariais e celebridades também prestigiaram o evento, que teve os apoios da montadora KIA, FIESP, Refit e CNI.

OS BRASILEIROS DO ANO: Caco Alugaray, presidente-executivo da Editora Três, ao discursar na abertura da premiação (1) e com o governador eleito de São Paulo, João Doria (2). O diretor editorial Carlos Marques com os ministros Sérgio Sá Leitão, da Cultura (3) e Luís Roberto Barroso, do STF (4)

Se 2018 chega ao fim como mais ano que poderia ter sido melhor para o Brasil, não há como negar o quanto ele recompensou muitos dos brasileiros que trabalharam para superar obstáculos e souberam aproveitar as chances que decorrem das adversidades. Eles são exemplos de que mesmo um período turbulento, marcado pelas emoções de uma disputa eleitoral polarizada e por percalços imponderáveis na economia, rendeu bons frutos para quem acredita no futuro do País. Essa foi a mensagem deixada pelos empreendedores homenageados pela DINHEIRO – e não apenas no discurso de cada um ao receber os respectivos prêmios. Mais importante que as palavras escolhidas para agradecer o merecido reconhecimento é o compromisso que todos eles mantêm para com o Brasil. É no dia a dia de suas atribuições como líderes de grandes empresas que eles sintetizam o que de melhor o Brasil conquistou em 2018.

Os Empreendedores do Ano eleitos pela DINHEIRO foram capazes de produzir resultados importantes para seus negócios e para o País. Eles fizeram a diferença no agronegócio, no mercado financeiro, na indústria, no varejo, na saúde e na renovação política. “Foi um ano excelente. Fizemos grandes negócios mesmo com o Brasil passando por uma indefinição política”, afirmou o controlador da Marfrig, Marcos Molina, premiado na categoria Agronegócio. O mesmo sentimento foi expresso por Patrice Etlin, CEO da Advent, fundo de investimentos que em 2018 adquiriu as operações do Walmart no Brasil. Para ele, 2018 “foi um ano de muita volatilidade e muito nervosismo nos mercados. Tentamos nos isolar de todos esses barulhos externos e tomar decisões de investimentos bancadas nos méritos das empresas que estávamos olhando”, declarou. Para o CEO da Votorantim, João Miranda, superar os desafios exigiu adaptação: “O grande segredo foi buscar se transformar e se modernizar. Mesmo com 100 anos, a Votorantim é uma empresa moderna e que busca a vanguarda”, afirmou.

Até para quem fez uma inusitada aposta na ideia de formar novos políticos, caso de Eduardo Mufarej, idealizador do RenovaBR, os resultados obtidos merecem comemoração: “O trabalho do RenovaBR foi abrir as portas para quem está a fim de fazer política do jeito certo. Nesse primeiro ano tivemos 17 lideranças eleitas”, celebrou Mufarej. Eleito pela DINHEIRO o Empreendedor do Ano 2018, Octavio de Lazari Jr. reafirmou seu o otimismo quanto ao futuro do Brasil: “A agenda econômica que esse novo governo trás está correta. Não é uma agenda do governo, mas do povo brasileiro. A reforma da Previdência, a simplificação tributária e a independência do Banco Central também são uma agenda do povo”, concluiu.