Nascida em Bento Gonçalves (RS), onde iniciou sua formação em enologia, a descendente de italianos Monica Rossetti tinha 19 anos quando partiu para desbravar a terra de seus antepassados. “O desejo de me reconectar com as origens da família foi o que primeiro me levou a estudar tanto a língua quanto enologia na Itália”, disse Monica, em um almoço no Ristorantino, em São Paulo, organizado para apresentar alguns dos rótulos da Toscana que levam a sua assinatura – e que chegam ao Brasil pela importadora Mosto Flor. Antes de entrar nos quatro vinhos que motivaram a mais recente visita de Monica ao Brasil, aqui vai uma informação importante: eles são fruto de uma história de amor. “Eu estava encerrando meu ciclo na Itália quando conheci o Emanuele. Nos apaixonamos e decidi ficar por lá”.

+ Família Salton lança novo corte de Marselan e Tannat da marca-conceito Domenico

Emanuele Pellegrini, com quem Monica acabaria se casando, é o atual gestor da Fattoria di Petrognano, que sua família mantém desde 1963. Na propriedade que soma 85 hectares, 25 são de vinhedos, com três variedades autóctones: Sangiovese, Trebbiano e Canaiolo. Elas dão origem a 80 mil garrafas por ano, todas de elevada qualidade e com a combinação de respeito à natureza e ao território que é uma das marcas registradas do trabalho de Monica.

Ao longo de duas décadas, essa profissional inquieta tem se dedicado a projetos vitoriosos, tanto no Brasil quanto na Europa. Ajudou a vinícola-boutique Lídio Carraro a firmar seu nome entre os produtores mais admirados do País, seja com os cobiçados rótulos de alta gama, seja com aqueles que foram escolhidos para representar o Brasil como vinhos oficiais na Copa de 2014 e na Olimpíada Rio 2016. Na Itália, onde trabalhou para a vinícola Ferrari Trento (que hoje fornece o espumante da Fórmula 1), ela se tornou uma personalidade. “Comecei a ser procurada para dar diversas consultorias e assim pude expandir meus horizontes no mundo do vinho”, afirmou. Até conhecer a Emanuele e passar a ser enóloga da Fattoria di Petrognano, uma vinícola fora do comum.

Rótulos das linhas Meme e Orci, importados para o Brasil pela Mosto Flor, a preços entre R$ 329 e R$ 711

Situada em Capannori, cidade que é a capital da cerâmica na região, essa empresa familiar resgatou uma antiga tradição: a de fermentar o mosto em recipientes conhecidos como orci, uma espécie de ânfora usada tanto no transporte de bebidas e alimentos (inclusive azeite) quanto em substituição às barricas de madeira para o amadurecimento de vinhos. Orci, inclusive, é o nome de uma das linhas em produção pela Petrognano. Fazem parte dela o branco Trebbiano (com três meses de maceração, em que o mosto permanece em contato com as cascas) e o delicado tinto Sangiovese. Ambos da safra 2019, chegam ao Brasil custando R$ 711.

Mais acessível, a linha Meme (que faz referência ao apelido dado a Emanuele por seu avô de mesmo nome) traz o DOCG Chianti Superiori 2019 (R$ 329) e o DOCG Chianti Riserva 2017 (R$ 496), este último elaborado a partir de vinhas com idade média de 50 anos, cultivadas segundo princípios orgânicos e com rendimentos baixíssimos, de um quilograma ou menos por planta. São vinhos que expressam não apenas a identidade territorial, mas uma paixão que uniu dois países e dois mundos do vinho. A importação é exclusiva da Mosto Flor, empresa criada por Amanda Camilotti e seu pai, Athos Oliveira, que se dedica a selecionar vinhos premium. Para conhecer o portfólio, visite www.mostoflor.com.br.