Visitar a Sicília, a charmosa província da Itália, é sempre uma ideia excelente. A ilha do Mediterrâneo — que, segundo a mitologia, é onde o herói grego Odisseu encontrou a górgona Medusa — tem excelente gastronomia, sol o ano inteiro e uma enorme coleção de ruínas greco-romanas. Agora, conhecer tudo isso e ficar hospedado no Verdura Golf Resort é ainda melhor. Construído numa área de 230 hectares entre as comunas Agrigento e Sciacca, o hotel tem um dos maiores campos de golfe da Itália e um dos melhores da Europa, segundo a revista britânica Golf World. O projeto é do americano Kyle Phillips, um dos mais conceituados arquitetos de “golf courses” do mundo. O campo do hotel, de 18 buracos, abriga anualmente o European Tour, torneio da liga profissional europeia. Há, também, um segundo percurso de nove buracos par-três.

No entanto, mesmo quem nunca chegou perto de um taco de golfe pode se divertir no hotel, que oferece também experiência gastronômica e degustação de vinhos numa das fazendas da Planeta, empresa que produz os melhores vinhos e azeites da Sicília. O Verdura Golf Resort tem 203 quartos e suítes, todos com vista para o mar, e a hospedagem não sai por menos de R$ 2 mil por noite, podendo chegar a R$ 10 mil, no caso das Vilas Sicilianas – casas isoladas com piscina privativa. Isso explica porque ele é considerado um dos melhores hotéis de luxo da Itália, ao lado do Hotel de Russie, em Roma, e do Savoy, em Florença, que passou por uma grande reforma recentemente em parceria com a grife florentina Emilio Pucci. O resort siciliano é uma das 16 propriedades do grupo Rocco Forte, empresa anglo-italiana que possui hotéis de luxo em toda a Europa e uma unidade em Xangai.

Negócio de sucesso: o hotel pertence ao grupo Rocco Forte, que faturou R$ 1 bilhão no ano passado. E segue investindo no setor hoteleiro da Itália (Crédito:Phil Inglis | Janos Grapow | Divulgação)

Gastronomia O Verdura Golf Resort conta com cinco bares e quatro restaurantes. O Amare é dedicado a frutos do mar e peixes frescos, pescados no Mediterrâneo. O Liolá é uma tratoria tradicional e o Zagara, restaurante do terraço, prepara o famoso spaghettoni com camarão, com folhas de abobrinha e limão. O SPA Bar tem um cardápio vegetariano com ingredientes colhidos nas hortas e pomares cultivados no resort. Os hóspedes mais interessados em gastronomia podem fazer aulas com o chef romano Fúlvio Pierangelini, responsável pelo cardápio dos hotéis Rocco Forte. O Spa tem 11 salas de tratamento, academia, estúdio de ioga, piscina olímpica, quatro piscinas de talassoterapia e sauna a vapor. Os tratamentos utilizam produtos da região e incluem azeite de oliva e limão siciliano.

A Sicília é uma das regiões da Itália que mais recebem turistas. Foram 14,8 milhões apenas em 2018, segundo o Observatório Econômico de Confartigianato. Os números incentivaram o grupo Rocco Forte a investir cada vez mais na região. Recentemente, ele adquiriu o histórico Grand Hotel Villa Igiea, em Palermo, capital da Sicília. O Villa Igiea é um cinco estrelas do final do século 19, construído pelo arquiteto Ernesto Basile e que agora passa por uma restauração para ser inaugurado em 2020. “Não quero me tornar a maior empresa hoteleira do mundo”, diz Rocco Forte. “Quero continuar a fazer projetos que são bem pensados e se encaixam no espírito do que já estou fazendo”.

La vita è bella: todas as 203 suítes do Verdura têm vista para o mar. O resort oferece luxo, conforto e alta gastronomia, por diárias que vão de R$ 2 mil a R$ 10 mil (Crédito:Janos Grapow | Divulgação)

O grupo foi fundado em 1996 e teve resultados recordes no ano passado, com receitas superiores a 200 milhões de libras (cerca de R$ 1 bilhão). A excelente performance fez com que o banco de investimentos italiano Cassa Depositi Prestiti adquirisse 23% de participação acionária em 2015, por 60 milhões de libras (R$ 300 milhões). O Lloyds’ Bank of Scotland, que apoia os hotéis há 21 anos, firmou recentemente acordo para um aporte de 158 milhões nos próximos dez anos.

Hóspedes sul-americanos, liderados pelos brasileiros, representam 17% da receita total da rede e 46% dos hotéis do grupo na Itália. Nos últimos anos, o Brasil contribuiu sozinho com mais de 25 mil diárias. “O Brasil é um mercado importante e crescente para os nossos hotéis”, diz Rocco Forte. “Por isso, gostaria, naturalmente, de aproveitar qualquer grande oportunidade na América Latina que viesse em minha direção.”