É sempre bom quando você pode combinar uma paixão pessoal com uma causa que ajuda os necessitados”. Com essa frase, o empresário americano Jonah Smith definiu, com perfeição, o novo projeto da sua empresa, a Aether. Marca de roupas e acessórios de alto padrão, voltada principalmente a atividades ao ar livre, a Aether estruturou uma parceria com o fabricante de capacetes de luxo Veldt, com um propósito digno de elogios: ajudar a Riders For Health, ONG formada por médicos e enfermeiros que usam motos para levar assistência a aldeias rurais em sete países da África. Como muitas dessas comunidades ficam em regiões inóspitas e de difícil acesso, a moto acaba sendo o meio mais prático e rápido de se chegar até elas. A ideia é simples e inteligente. A Aether convidou 13 artistas plásticos para pintar capacetes doados pela Veldt, fazendo surgir uma coleção exclusiva, com desenhos únicos e originais, cujas peças serão vendidas por preços a partir de US$ 2.500 — cinco vezes o valor médio de um capacete da grife.

Todas as peças produzidas para o projeto seguem os rigorosos padrões da Veldt. O casco, por exemplo, é moldado a mão, a partir de fibra de carbono japonesa, e usinado numa máquina de autoclave especial, num minucioso processo que requer cerca de seis horas. Na parte externa, são aplicados rebites inovadores para que o usurário possa prender acessórios com parafusos, enquanto as ranhuras de ventilação e o tecido coolmax — desenvolvido pelo próprio fabricante — garantem conforto com o controle da circulação de ar. No interior, os capacetes recebem uma camada de couro produzido por uma empresa de Portugal, além de um estofamento que pode ser removido para lavagem e para um ajuste personalizado. Todo o trabalho é feito na oficina da Veldt, em Amoy, na China.

BELEZA SOCIAL O processo de fabricação dos capacetes e os materiais utilizados são itens importantíssimos. Afinal, estamos falando do acessório de maior impacto na segurança dos motociclistas. Mas, no caso em questão, os grandes diferenciais são a beleza das peças e a causa social abraçada pelo projeto. Entre os artistas que imprimiram seus talentos nos cascos, nenhum é famoso, já que as empresas queriam manter o foco no objetivo do programa e não no nome de um ou outro convidado. Mesmo que não sejam artistas badalados, eles criaram capacetes com desenhos intrigantes e descolados. Alguns remetem a elementos muito presentes no cenário africano, como pele de onça, céu estrelado, arco-íris, árvores e água. Com tanta beleza e destinados a objetivo tão nobre, não há dúvida de que a coleção será vendid em pouco tempo. E toda a verba arrecadada ajudará comunidades carentes nos rincões da África a ter um pouco mais de saúde.

O PAI DA IDEIA O empresário Jonah Smith deicidiu unir sua paixão por capacetes à arte e à ajuda humanitária. (Crédito:Divulgação)