Um detalhe separa a Uber de receber um investimento de US$ 10 bilhões do banco japonês Softbank, dono do Vision Fund, o maior fundo em tecnologia do mundo com cerca de US$ 100 bilhões. Para o azar do aplicativo de transporte, esse empecilho tem nome e sobrenome: Travis Kalanick. O ex-CEO, que foi afastado da empresa por denúncias de assédio sexual, está sendo processado pela Benchmark Capital, uma das maiores investidoras do aplicativo de transporte. A acusação é de que o executivo teria realizado algumas manobras para tentar se manter no controle da companhia. Em setembro, por exemplo, Kalanick nomeou dois novos membros para o conselho. Enquanto o caso não chega a uma resolução, o Softbank, que já fez aportes em rivais da Uber, como a chinesa Didi Chuxing, a americana Lyft e a brasileira 99, prefere manter sua carteira dentro do bolso.

(Nota publicada na Edição 1044 da Revista Dinheiro)