A gengivite tem sido associada a um risco maior de doenças cardíacas, mas um estudo recente afirma que a bactéria que causa a gengivite também pode estar ligada à doença de Alzheimer, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (12) pela Alzheimer’s Association, localizada em Illinois, nos Estados Unidos.

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Os cientistas descobriram anteriormente que essa espécie de bactéria, chamada Porphyromonas gingivalis, pode se mover da boca para o cérebro. Uma vez no cérebro, a bactéria libera enzimas chamadas gingipains, que podem destruir as células nervosas, o que por sua vez pode levar à perda de memória e, eventualmente, ao Alzheimer.

Neste estudo, os pesquisadores procuraram evidências desse processo em cérebros humanos. Eles examinaram os cérebros de 53 pessoas falecidas que haviam sido diagnosticadas com Alzheimer e encontraram altos níveis de gengiva em quase todas elas. Eles também observaram que a quantidade de gengiva tende a aumentar com o tempo, o que sugere que pode haver um ponto crítico quando os sintomas de demência começam.

A próxima etapa da pesquisa é ver se um medicamento pode bloquear essas enzimas bacterianas prejudiciais e possivelmente impedir o desenvolvimento de Alzheimer ou, pelo menos, retardar sua progressão. Até lá, você pode fazer sua parte combatendo a gengivite com fortes hábitos de saúde bucal, incluindo fio dental diário e escovação duas vezes ao dia e mantendo-se atualizado em check-ups dentais regulares.