Quem já visitou o espaço de coinovação do Bradesco no centro de São Paulo, antes da pandemia, hoje estranha o ambiente. O Inovabra Habitat, que chegou a abrigar mais de 2 mil pessoas por dia para reuniões, eventos e trabalho em espaços compartilhados, hoje recebe entre 150 e 200 visitantes diariamente.

Segundo a presidente Renata Talarico Petrovic, o espaço perdeu cerca de 35% das posições (estações de trabalho) desde o início do isolamento social e 15% dos stackholders. Mas, como manda a cartilha da inovação, o coworking está se reinventando com um modelo híbrido de operação, em que empresas de São Paulo ou de outras partes do País podem integrar o Habitat em salas virtuais.

“Estamos surpresos com a grande aceitação desse sistema que possibilita o uso físico, de forma permanente ou eventual, ou o digital”, afirmou Renata. Essa reviravolta imposta pela necessidade de menos contato físico obrigou a empresa a rever seus planos de expansão pelo Brasil, segundo a executiva.

O plano agora é investir em ferramentas e tecnologias que melhorem a experiência de uso dos ambientes virtuais para atrair mais empresas ao ambiente de coinovação. “Está havendo uma ressignificação dos espaços físicos. Não faria o menor sentido investir em novos hubs”, disse. Afinal, se a proposta é inovar, a crise deste ano é uma excelente oportunidade para isso.

(Nota publicada na edição 1197 da Revista Dinheiro)