Nestes últimos ano a tecnologia evoluiu de tal forma que permite analisar com mais rigor as imagens e dados captados pelos instrumentos espaciais. Um exemplo foram as descobertas feitas pelos astrônomos de um enorme, e até então desconhecido, objeto que entrará no nosso sistema solar e que chegará à órbita de Saturno em 2031.

Depois de viajar por mais de 612 mil anos, o 2014 UN271, um fragmento gigante da Nuvem de Oort, se aproxima do nosso Sol.

+ Meteoro cruza o céu da Bahia em plena luz do dia: veja o vídeo

Possivelmente é o maior corpo do nosso sistema solar já encontrado a se aproximar do Sol. Segundo a New Scientist, o objeto está pronto para fazer a passagem mais próxima na sua órbita que demora mais de 612 mil anos para completar.

Conhecido como UN271 2014, o objeto foi descoberto em junho deste ano, quando se obtiveram imagens pela primeira vez em outubro de 2014, o objeto estava a 4,3 bilhões de quilômetros do Sol e quase tão longe quanto a órbita de Netuno.

Estima-se que 2014 UN271 tenham entre 100 e 370 quilômetros de largura. Se colocando numa escala, se não maior que a do cometa massivo Sarabat, e quase certamente o maior objeto da Nuvem de Oort já descoberto, quase no território de um planeta anão, relatou o astrônomo Sam Deen, num post no fórum Minor Planet Mailing List.

O mais intrigante sobre 2014 UN271 é a sua órbita à volta do Sol. É extremamente excêntrico, entre o sistema solar interior e a Nuvem de Oort, que marca a fronteira do espaço interestelar, durante um período de 612.190 anos.

Conforme podemos ver pelos cálculos da sua viagem, atualmente, o 2014 UN271 está a cerca de 22 Unidades Astronômicas (UA) do Sol (1 UA é a distância entre o Sol e a Terra). Viajou 7 AU nos últimos sete anos para passar a órbita de Netuno, e no seu ponto mais próximo em 2031, espera-se que passe 10,9 AU do Sol, quase atingindo a órbita de Saturno.