Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – No dia seguinte à publicação de decreto que ampliava a exigência de vacinação para entrada em estabelecimentos no Rio de Janeiro, a prefeitura da capital fluminense recuou em parte das medidas retirando shopping centers, táxis e transportes por aplicativos da lista de locais onde será obrigatória a comprovação de vacinação.

A nova normativa, alterando as regras determinadas no decreto da véspera, foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial do município.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), responsável pelos decretos do município, avaliou que houve excessos na primeira publicação e argumentou que não adiantaria fazer exigências que não seriam cumpridas.

“Eu assinei o decreto, mas tem de ver a praticidade e efetividade de algumas medidas mesmo. Não adianta criar medidas que a gente sabe que ninguém vai cumprir”, afirmou ele ainda na quinta-feira, data da publicação do primeiro decreto. 

A ampliação da exigência da comprovação vacinal visa, segundo as autoridades de saúde, garantir o controle sobre a pandemia na cidade. A capital fluminense tem atualmente indicadores baixos para a Covid-19, mas está em alerta com o surgimento da variante Ômicron do coronavírus, inicialmente detectada na África do Sul e que já está em vários países, incluindo o Brasil. Um caso suspeito no Rio de Janeiro está sendo investigado.

Tanto a prefeitura carioca quanto o governo do Estado do Rio de Janeiro mantêm, por ora, as festas de Réveillon, embora o comitê científico que assessora o governo estadual tenha recomendado o cancelamento. Uma decisão sobre a realização ou não da festa deve ser tomada tanto pela cidade quanto pelo Estado até o fim da primeira quinzena de dezembro.

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