Um olhar mais amplo sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro ao PL 4.968/2019 que prevê a distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda no País coloca um problema ainda maior sobre a mesa do presidente.

A questão é que ele provavelmente nem sequer o enxergará, como de praxe com assuntos que impactam os cidadãos comuns: a higiene de mais de 222 mil brasileiros (imagine três maracanãs lotados) que, em sua maioria, dormem, tomam banho e fazem suas necessidades fisiológicas nas ruas.

A #pobrezamenstrual é acompanhada da #pobrezadahigiene e da falta de dignidade de uma parte da população do Brasil. Pedir absorventes em lei mostra o quão baixo o Brasil chegou e fica ainda mais vexatório quando se percebe que seria preciso pedir
papel higiênico também.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1244 da Revista Dinheiro)