Sophie Pétronin, a última refém francesa no mundo, chegou nesta sexta-feira (9) à França após ter sido libertada no dia anterior no Mali, depois de quase quatro anos retida por grupos supostamente jihadistas, constatou um jornalista da AFP.

O avião que transportava Pétronin, seu filho, um médico e diplomatas pousou pouco depois do meio-dia (horário local) na base aérea de Villacoublay, ao sul de Paris, onde a ex-refém foi recebida pelo presidente francês Emmanuel Macron.

Ex-ministro de Exteriores do Mali, Moctar Ouane, nomeado primeiro-ministro de transição

Moussa Traoré, que governou o Mali de 1968 a 1991, faleceu

Com uma máscara no rosto e um lenço branco na cabeça, Pétronin, de 75 anos, abraçou os membros de sua família, incluindo três netos, que a aguardavam na pista do aeroporto, e conversou durante vários minutos com Macron.

“Os franceses se alegram comigo de vê-la aqui finalmente, querida Sophie Pétronin. Bem-vinda à casa”, escreveu o presidente francês no Twitter, com uma foto tirada na pista.

Sua libertação encerra uma provação e uma operação cujo início, desenvolvimento e implicações estão cercados de áreas nebulosas.

Pétronin foi libertada junto com dois italianos e o político maliense Soumaila Cissé.

A libertação dos reféns coincidiu com a libertação entre domingo e terça-feira de cerca de 200 prisioneiros -alguns levados em avião a Tessalit-, segundo as autoridades malienses.

Após quatro dias de informações, rumores e confusão, o governo de transição do Mali, instalado há alguns dias pelas novas autoridades militares, quebrou o silêncio observado por Bamako e Paris no início da noite de quinta-feira.

A Presidência do Mali “confirma a libertação de Soumaila Cissé e Sophie Pétronin. Os ex-reféns estão a caminho de Bamako”, disse no Twitter.

Pétronin e Cissé embarcaram em um avião em Tessalit, uma cidade do norte próxima à fronteira argelina, antes de encontrarem seus familiares em Bamako.