Incendiado no último dia 2, o Museu Nacional ainda não recebeu os R$ 10 milhões prometidos pelo Ministério da Educação para a recuperação emergencial de seu prédio histórico. Os recursos ainda não tinham sido transferidos para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), à qual a instituição é vinculada, até às 11h desta segunda-feira, 10. Pela manhã começaram os trabalhos para estabilização do edifício, para que os profissionais possam trabalhar no resgate de objetos do acervo.

No dia seguinte ao incêndio, cujas causas ainda não foram divulgadas pela Polícia Federal, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, anunciou, na porta do museu, que R$ 10 milhões seriam liberados rapidamente para que os trabalhos pudessem começar. A reconstrução completa, ele estimou, deve demorar “três ou quatro anos”. Mas primeiro é preciso dar segurança para que tanto os pesquisadores do museu quanto policiais federais possam trabalhar.

É esse reforço estrutural mínimo que está sendo feito a partir dessa segunda-feira no prédio de três andares do século 19, que queimou por cerca de seis horas. Tapumes estão sendo instalados para isolar ainda mais a área externa e melhorar a segurança. Paredes e lajes estão sendo escoradas. Uma lona irá proteger o imóvel da chuva. O objetivo é preparar o prédio para que pesquisadores e policiais federais possam ter acesso a todo o interior, o que ainda não aconteceu por causa dos riscos.

Para dar início aos serviços de escavação dos escombros, está sendo elaborado um termo de referência para orientar a contratação emergencial de empresas, com dispensa de licitação. No escopo do documento, no qual trabalham engenheiros da UFRJ, estará uma lista detalhada do que é preciso ser feito de imediato.

A universidade informou que a data-limite para a entrega do termo é esta segunda-feira e que isso será respeitado – e ainda que a elaboração do documento de referência foi o único compromisso fechado com o MEC. Segundo a universidade, a liberação dos R$ 10 milhões não foi condicionada pelo MEC ao envio do termo.

A reportagem aguarda posicionamento do MEC sobre o assunto. No dia 3, o ministro da Educação garantiu que não haveria demora no repasse.