A União Europeia pode autorizar neste ano vacinas produzidas e testadas pelos laboratórios PFizer / BioNTech e Moderna, anunciou nesta quinta-feira (19) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) “nos informou que uma autorização condicional de comercialização para BioNTech e Moderna pode ser emitida na segunda quinzena de dezembro, se tudo correr bem”, disse Von der Leyen em entrevista coletiva no final de uma videoconferência dos líderes europeus.

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De acordo com a política alemã, a EMA está em “contato diário” com a sua equivalente americana, a Food and Drug Administration (FDA, em inglês), para “sincronizar as suas avaliações” das vacinas.

“Todas as vacinas da nossa lista serão devidamente analisadas pela EMA, antes de autorizá-las”, reforçou.

Esta semana, os especialistas da Moderna anunciaram que sua vacina contra a covid-19 é 94,5% eficaz. Na semana anterior, a Pfizer/BioNTech anunciou 90% de eficácia em seu produto.

A EMA deve analisar os resultados dos testes antes de recomendar que Bruxelas as aprove, mas após conversas com os líderes da UE, Von der Leyen mostrou-se cautelosamente otimista.

A União Europeia tem contratos para reservar centenas de milhões de vacinas futuras com a Pfizer/BioNTech, Curevac, AstraZeneca e Sanofi-GSK se elas puderem ser comercializadas.

“Continuamos as negociações com a Moderna e em diálogo com a Novavax”, disse a funcionária, acrescentando que os líderes da UE expressaram apoio ao programa de compra.

Na quinta-feira, Ugur Sahin, cofundador da BioNTech, disse à AFP que a empresa estava aguardando a aprovação rápida de sua vacina.

“Estamos trabalhando a todo vapor”, disse ele, confirmando que a empresa planeja solicitar autorização de uso emergencial nos Estados Unidos na sexta-feira, enquanto os reguladores europeus receberão outro lote de dados “na próxima semana”.