Os chanceleres dos 27 países da União Europeia decidiram nesta segunda-feira (25) enviar à Rússia o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, para pressionar pela libertação do opositor Alexei Navalny, embora até o momento não tenham adotado novas determinações sobre sanções.

“Será uma boa oportunidade para discutir com minha contraparte russa todos os assuntos relevantes, e passar uma mensagem clara sobre a atual situação”, disse Borrell em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

Fontes diplomáticas afirmaram à AFP que os chanceleres, reunidos em Bruxelas, discutiram a possibilidade de ampliar as sanções para funcionários russos, mas decidiram que é muito cedo para dar esse passo.

“Obviamente o Conselho Europeu está pronto para reagir de acordo com as circunstâncias, e tomar as ações adequadas se a circunstâncias exigirem”, acrescentou Borrell.

De acordo com as fontes diplomáticas consultadas pela AFP, os chanceleres optaram por aguardar até 2 de fevereiro, data em que o opositor Navalny será apresentado à Justiça, para adotar uma decisão.

“As sanções são uma ferramenta possível, mas é preciso esperar e ver o que vai acontecer em Moscou”, disse um dos diplomatas consultados.

No sábado, Borrell condenou as “prisões em massa” e o “uso desproporcional da força” durante os protestos na Rússia, pedindo a libertação de Navalny.

Autoridades da UE estão há uma semana exigindo a libertação de Navalny, detido em 17 de janeiro quando voltou para Moscou após ser atendido na Alemanha por uma intoxicação com um agente nervoso.

A UE já sancionou vários funcionários russos pela sua suposta participação na tentativa de assassinato.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu ao presidente russo Vladimir Putin na sexta-feira para solicitar a libertação do líder opositor.