O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (EDCD) publicou um comunicado na última terça-feira (5) alertando que não considera necessária a aplicação de uma quarta dose da vacina contra a covid-19 em pessoas menores de 80 anos. 

O estudo foi feito em conjunto com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e aponta que ainda é muito cedo para considerar a aplicação de uma segunda dose de reforço de qualquer imunizante baseado em RNA mensageiro, casos da Pfizer e da Moderna.

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“Não há evidências claras na União Europeia de que a proteção da vacina contra doenças graves esteja diminuindo substancialmente em adultos com sistema imunológico normal com idades entre 60 e 79 anos, portanto, não há evidências claras para apoiar o uso imediato de uma quarta dose”, disse. 

O comunicado também reforçou que os estudos continuarão sendo feitos e, caso aconteça alguma mudança no cenário das infecções, poderá passar a considerar a aplicação

Quarta dose só em maiores de 80 anos

O estudo, no entanto, reforçou que em idosos acima de 80 anos a aplicação da quarta dose é recomendada, após quatro meses da terceira, considerando os dados sobre o maior risco de covid-19 grave nessa faixa etária e a proteção fornecida pela aplicação extra. 

“Os dados de segurança e eficácia estão disponíveis apenas para uma quarta dose administrada pelo menos 4 meses após a terceira, e esse intervalo, com dados epidemiológicos locais, deve ser considerado ao decidir sobre estratégias de vacinação”, alertou. 

A instrução é similar à do Ministério da Saúde no Brasil. No último dia 23 a pasta recomendou a aplicação da quarta dose da vacina em pessoas nessa faixa etária, com intervalo mínimo de quatro meses da terceira e de preferência com o imunizante da Pfizer. 

Desde o final do ano passado também foi recomendada a segunda dose de reforço em todos os imunossuprimidos, incluindo adolescentes. A maioria dos estados já começou a aplicar essas doses.