Os atrasos nas entregas das vacinas contra a covid-19, anunciados pelo laboratório da AstraZeneca, são inaceitáveis, afirmou nesta segunda-feira(25) a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, que apelou por “transparência” nas exportações do bloco.

“O novo cronograma de entregas é inaceitável … A UE quer saber quantas doses foram produzidas, onde e a quem foram entregues. As respostas não têm sido satisfatórias até agora”, disse Kyriakides.

Pela manhã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, telefonou para o CEO da AstraZeneca para discutir esta situação.

A União Europeia já autorizou duas vacinas para conter a pandemia (as da Pzifer/BioNTech e Moderna), e espera aprovar a da AstraZeneca nesta semana com o entendimento de que a produção e distribuição permitiriam a implantação imediata.

“A UE quer que as doses pré-pagas e encomendadas sejam entregues o mais rápido possível. E queremos que nossos contratos sejam totalmente honrados”, acrescentou Kyriakides.

O anúncio dos atrasos nas entregas da AstraZeneca e os problemas de distribuição verificados pela Pfizer/BioNTech colocaram em xeque o ritmo das campanhas de vacinação europeias, já criticado por vários países por sua falta de agilidade.

Na semana passada, Von der Leyen havia anunciado um plano para vacinar 70% dos europeus até o final do verão boreal, em agosto, embora esses anúncios possam jogar um balde de água fria sobre essa perspectiva.