A Uber afirmou que somou 91 milhões de usuários mensais ativos em 2018, um aumento de 32,8% em relação ao ano anterior, publicou a agência de notícias Reuters.  Porém, o crescimento de 2016 para 2017 foi de 51%, indicando uma desaceleração no principal aplicativo de transportes do mundo.

O envolvimento da empresas em escândalos, o crescimento das concorrentes e a dificuldade de atrair e manter motoristas foram apontados como principais causas para o esfriamento da expansão.

A informação foi revelada no pedido de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (11). A companhia espera somar até US$ 100 bilhões em valor de mercado, em uma movimentação de até US$ 10 bilhões, se tornando o maior IPO de 2019. A abertura de capital da Lyft, sua principal concorrente, fez a empresa valer US$ 24,3 bilhões.

A Uber foi fundada em 2009 e rapidamente se tornou um fenômeno em todo o mundo. Apesar do seu sucesso, a companhia ainda parece longe de obter lucro. Os gestores do aplicativo afirmaram esperar que as despesas operacionais “aumentem significativamente no futuro previsível” e que “pode não atingir lucratividade”.

A Uber teve prejuízo de US$ 3,03 bilhões no último ano, excluindo ganhos não recorrentes. A receita da companhia em 2018 somou US$ 11,3 bilhões de dólares, alta de cerca de 42% sobre 2017, porém, novamente abaixo do ritmo do ano anterior, de 106%.