A Uber anunciou nesta terça-feira (15) uma nova política de “transparência” diante dos casos de abuso sexual, após várias acusações contra motoristas por agressões.

A partir de agora, a empresa não obrigará seus clientes, funcionários e motoristas que quiserem fazer uma denúncia de assédio ou agressão sexual a passar previamente por um processo de mediação, muito mais discreto do que um processo judicial civil.

E em caso de um acordo amigável com a Uber, as vítimas não terão que assinar um acordo de confidencialidade que lhes impeça de falar publicamente sobre sua história, acrescentou a companhia.

A Uber também indicou que publicará um relatório de transparência “que inclua dados sobre os abusos sexuais e outros incidentes” que envolvam sua plataforma.

A empresa disse que quer “assumir a sua parte” na solução dos problemas de violência sexual.

“Hoje demos um passo importante em nosso compromisso com a segurança e a transparência”, disse o diretor executivo Dara Khosrowshahi, que chegou a Uber no ano passado com a missão de melhorar a imagem da empresa após uma série de escândalos, alguns relacionados com assinalamentos de assédio sexual na própria companhia.

Segundo o site de notícias Axios, um grupo de mulheres que afirmam terem sido agredidas ou assediadas por motoristas da Uber escreveu uma carta aberta no fim de abril ao conselho administrativo da empresa pedindo para eliminar as cláusulas que obriguem a passar pela mediação antes de ir ao tribunal.