Mobilidade

A multinacional californiana pagou US$ 3,1 bilhões (o equivalente a R$ 12 bilhões) pela Careem, empresa sediada em Dubai cujo aplicativo concorria com o Uber no Oriente Médio. Com atuação em 15 países e 120 cidades, a empresa dos Emirados Árabes continuará usando a própria marca, mas agora sob o comando do Uber. A Careem foi fundada em 2012 e, algo raro nos países islâmicos, emprega mulheres como motoristas. Na Arábia Saudita, onde elas eram impedidas de dirigir até o ano passado, as mulheres são 80% do total dos funcionários da Careem.

 

Truste

Comissão europeia multa Nike em R$ 546 milhões

Durante 13 anos, de 2004 a 2017, contratos da Nike com os times europeus impediam que os produtos de cada marca fossem vendidos fora dos seus países de origem, violando as regras para a livre circulação de mercadorias na União Europeia. Entre os principais afetados pelas regras leoninas da Nike estão o Barcelona, Manchester United, Juventus, Inter de Milão, Roma e a Federação Francesa de Futebol. A Comissão Europeia Antitruste considerou as práticas ilegais e multou a empresa americana em € 125 millhões (aproximadamente R$ 546 milhões).

 

 

Economia

Crescimento do PIB é o pior em 120 anos

O Brasil conseguiu uma rara proeza: voltou no tempo. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o crescimento do PIB brasileiro entre 2011 e 2020 deve ficar em 0,9% ao ano. É o pior resultado dos últimos 120 anos. O desastre é tão grande que até a chamada “década perdida” (1980-90), quando o PIB avançou apenas 1,6% ao ano, não é mais tão “perdida” assim. O grande vilão da história é déficit público, que só pode ser equacionado com a aprovação das reformas econômicas, a começar pela da Previdência. “O nosso problema fiscal é enorme e precisa ser resolvido para permitir a volta de algum crescimento mais robusto”, disse Marcel Balassiano, pesquisador responsável pelo estudo. Para sair da linha de mediocridade, o país precisaria crescer 5,7% até o ano que vem. Não vai acontecer.

 

Desgoverno

Câmara aprova PEC do orçamento impositivo

O governo Bolsonaro levou uma rasteira da Câmara na terça-feira 26. Numa rápida votação em dois turnos – algo raro na Casa –, os deputados aprovaram uma PEC (Proposta de Emenda Constuticional) que torna obrigatório o gasto com emendas parlamentares. Caso seja aprovada também pelo Senado, o executivo perde o controle de 97% do orçamento. A derrota do governo é um recado dos parlamentares e surpreendeu por ter ter sido encampada até pela base de apoio do governo, incluindo o a maioria dos deputados do PSL. Mas pode ser revertida. Ainda que passe no Senado, a PEC só valeria a partir de 2020. Hoje, 93% do orçamento já está engessado com gastos obrigatórios, entre salários e Previdência.

 

“Não sei mais quem é situação e quem é oposição”
Major Olimpío, líder do PSL no Senado, sobre a forma como a base do governo votou a PEC do Orçamento

 

Números

R$ 2,196 trilhões – É o valor das dívidas com a União segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Aproximadamente 45% desse valor é considerado irrecuperável. A quantidade de devedores chegou a 4,6 milhões em 2018.

173 mil – Vagas formais foram abertas em fevereiro segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na série histórica, iniciada em 1992, este é o sexto melhor resultado para o mês. O número superou a expectativa de todas as consultorias.

7,5% – É a nova expectativa para a taxa básica de juros ao final de 2020, segundo a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central. Essa é a segunda vez consecutiva que os economistas reduzem o índice para o próximo ano. Na projeção anterior, a Selic ficava em 7,75%.