Em 18 de março de 2018, um dos automóveis Volvo que estão sendo usados pela Uber para testar seu sistema de direção autônoma atropelou Elaine Herzberg, na cidade de Tempe, no estado norte-americano do Arizona. A moradora local estava andando de bicicleta durante a noite quando foi atingida pelo veículo, que estava trafegando a cerca de 64 km/h. Mesmo em modo autônomo, havia um motorista de segurança no veículo, no banco de passageiros.

Um ano depois do acidente, procuradores do Arizona concluíram que não há evidências suficientes para ligar a Uber ao caso. “Não há base criminal para ligar a Uber Corporation a este caso”, disse o escritório legal do condado de Yavapai. Também declararam que continuam a investigação, agora focado no motorista de segurança. “Queremos saber o ele que deveria ter percebido naquela noite em questão de velocidade do veículo, condições de luz e outros fatores relevantes”. Em junho de 2018, a polícia de Tempe divulgou comunicado no qual informava que o motorista de segurança estava assistindo um programa via streaming antes do acidente.

A morte foi creditada como a primeira causada por veículos autônomos e levantou questões de como advogados e agentes da Justiça iriam tratar questões de culpabilidade. Em relatório divulgado em maio de 2018, a comissão de segurança de transportes dos Estados Unidos concluiu que o sistema do carro identificou a vítima seis segundos antes do impacto. O problema é que durante os testes, a Uber desativou o sistema de freios de emergência do carro para “diminuir o potencial de comportamento errático do veículo”, dando ao motorista de segurança o ônus de intervir.