Lyft e Uber suspenderam nesta quinta-feira seus planos de interromper seus serviços de veículos com motorista na Califórnia, depois que um tribunal de apelações concedeu a ambas as empresas uma suspensão temporária da ordem de reclassificar os motoristas como seus funcionários.

Um juiz teria dado um prazo até amanhã para que Uber e Lyft cumprissem uma lei trabalhista sobre o status dos trabalhadores autônomos. “A corte da Califórnia aceitou nosso pedido de uma suspensão adicional, motivo pelo qual nossas operações de viagens compartilhadas poderão ter prosseguimento sem interrupções por ora”, diz uma publicação no blog da Lyft.

Pouco antes da decisão da corte de apelações, a Lyft anunciou que suspenderia seu serviço de traslados com motorista na Califórnia, em vez de obedecer à instrução de conceder aos motoristas o status de funcionários com direito a benefícios. A Uber havia anunciado que também estava disposta a suspender seu serviço de transporte no estado.

A decisão da corte “dissipa temporariamente uma grande nuvem negra para os nomes das viagens compartilhadas, com a Lyft a ponto de suspender seu serviço em toda a Califórnia”, disse o analista da Wedbush, Dan Ives, em nota aos investidores.

As duas empresas, com sede em San Francisco, afirmam que são plataformas tecnológicas que conectam motoristas a passageiros, e não empresas de transporte. O tribunal informou que queria declarações dos chefes da Uber e Lyft de que irão cumprir, caso seja confirmada, a determinação original do juiz, e se um projeto que pretende invalidar a nova lei trabalhista perder em um referendo previsto para novembro.

O projeto promovido pelas empresas manteria os motoristas como terceirizados, mas lhes ofereceria benefícios como assistência médica.

“O acesso a estes serviços cruciais não será interrompido enquanto seguimos defendendo a capacidade dos motoristas de trabalhar com a liberdade que desejam”, declarou a Uber.