O Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) uma nova iniciativa chamada “Birdwatch” para inscrever usuários na denúncia de desinformação na plataforma.

O Birdwatch será operado separadamente do Twitter e permitirá aos usuários identificar tuítes que podem conter informações falsas ou enganosas, explicou a rede social sobre seu novo esforço para remover conteúdo falso ou prejudicial.

O projeto foi anunciado em um momento em que o Twitter e outras redes sociais estão sob pressão por não terem sido capazes de conter manipulação e desinformação sobre as eleições nos Estados Unidos, a pandemia da covid-19 e outros tópicos.

A medida visa “ampliar o leque de vozes que fazem parte da luta contra esse problema”, disse o vice-presidente do Twitter, Keith Coleman, em uma postagem no blog.

“É por isso que hoje apresentamos o Birdwatch, um programa piloto nos Estados Unidos para uma abordagem do problema de informações enganosas conduzidas pela comunidade.”

O Birdwatch permite que os usuários identifiquem informações em tuítes que eles acreditam ser enganosos e escrevam notas que fornecem contexto, explicou Coleman.

“Eventualmente, essas notas serão visíveis a todos os usuários quando houver um consenso de uma parte boa e diversa dos contribuidores.”

O Twitter não forneceu maiores detalhes, mas acredita-se que o Birdwatch funcionará no estilo da Wikipedia, onde as informações são verificadas por várias fontes.

“Estamos procurando pessoas para testá-lo nos Estados Unidos”, disse o Twitter em um tuíte. “Usaremos as notas e seus comentários para moldar este programa e aprender como atingir nosso objetivo de fazer com que a comunidade do Twitter decida quando e que contexto é adicionado a um tuíte.”

A rede social bloqueou, após o assalto ao Capitólio em 6 de janeiro, a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, acusado de insuflar a violência.