Durante o seu mandato, Donald Trump utilizou a sua conta do Twitter, reforçada com privilégios concedidos a líderes mundiais, para expor as suas ideias, grande parte das vezes de forma polêmica e reforçando a desinformação. A gota d’água aconteceu no início de janeiro, com o comportamento do ex-presidente dos Estados Unidos depois do assalto ao Capitólio e os incentivos à violência, levando diferentes redes sociais, incluindo o Twitter a bloquear Trump.

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Esse episódio ainda perdura na memória da rede social, que se questiona se as regalias prestadas aos líderes mundiais ainda fazem sentido, ou se por outro lado devem ter o mesmo tratamento que os restantes utilizadores do Twitter. E no caso de um líder mundial violar uma das regras de conduta da plataforma, que tipo de ação será mais apropriada.

Antes de uma decisão, a plataforma quer ouvir os seus usuários, e por isso vai lançar um questionário a partir de hoje, e durante os próximos dias (até o dia 12 de abril), em 14 línguas, incluindo português, de forma a garantir uma perspetiva global sobre as futuras decisões.

“Desde que lançamos os princípios das contas para os líderes mundiais em 2019, os políticos e os membros do governo estão constantemente evoluindo na forma como usam o nosso serviço. E queremos que estes se mantenham relevantes no Twitter, num discurso de política naturalmente sempre em mudança, e proteger a saúde das conversas públicas”, salienta a rede social. E por isso, o Twitter quer rever a abordagem às contas dos líderes mundiais, mas com a ajuda dos usuários.

Em paralelo, o Twitter afirma que está em processo de consultar diversos especialistas em direitos humanos, organizações de sociedade civil e acadêmicos em todo o mundo, de forma a receber feedback que será refletido nas próximas revisões da sua política de utilização.