Ao longo dos últimos 12 meses, as ações da rede social Twitter subiram quase 44% na Bolsa de Nova York. Esse desempenho da companhia que é representada pela imagem de um pássaro azul reflete o bom humor do mercado com a companhia e a expectativa de que, pela primeira vez na história, apresente um resultado positivo no quarto trimestre de 2017.

Mas a rede social que agora permite publicar posts com 280 caracteres está diante de uma oportunidade de ouro desde que o Facebook anunciou mudanças no seu “news feed”, a coluna que mostra as publicações quando você acessa a rede social de Mark Zuckerberg.

Segundo as alterações anunciadas, o Facebook passará a privilegiar o conteúdo dos amigos, deixando em segundo plano marcas e notícias. Para quem depende de Zuckerberg para conquistar a audiência, essa é uma péssima notícia.

Para o Twitter, pode ser uma chance rara para se tornar em uma ferramenta popular. A rede social comandada por Jack Dorsey tem uma característica que nenhuma delas até agora captou: o tempo real.

Por esse motivo, os assuntos mais comentados no Twitter estão umbilicalmente ligados ao que está acontecendo na grade das emissoras de tevês e às notícias de grande impacto. Se você quer saber o que está acontecendo neste exato momento, o Twitter é o seu lugar.

Com o crescimento do Facebook, que conta com 2 bilhões de usuários, a rede social do pássaro azul foi ficando para trás. Ela nunca foi fácil de ser usada e de ser compreendida por uma grande massa de consumidores.

Por essa razão, nunca deslanchou o número de usuários. Hoje, conta com 330 milhões de pessoas que a acessam, mas seu crescimento é quase vegatativo. Em um ano, avançou apenas 4%. Está atrás de, além de Facebook, WhatsApp e Instragram, ambos aplicativos do império de Zuckerberg.

O problema do Twitter, segundo vários especialistas com quem o blog BASTIDORES DAS EMPRESAS conversou, é que a rede social nunca soube aproveitar as chances que se apresentaram.

Não bastasse isso, o internauta não muda seu comportamento da noite para o dia. Ele não migrará para o Twitter apenas porque o Facebook deixou de privilegiar as notícias.

Mas cabe aos executivos que estão à frente do Twitter enxergar que eles podem capitalizar essa mudança do Facebook, desenvolvendo estratégias para captar os insatisfeitos com as alterações – notadamente, as empresas de mídia – e os usuários que são consumidores vorazes de conteúdo noticioso.

Um dito popular diz que “cavalo encilhado não passa duas vezes”. As mudanças do Facebook são uma oportunidade rara de o Twitter buscar um novo lugar ao sol no universo das redes sociais. Conseguirá?