A Turquia pediu o apoio internacional para alcançar um cessar-fogo em Idlib, ao assinalar o Conselho de Segurança da ONU que um ataque nesta província Síria controlada pelos rebeldes provocará uma onda maciça de refugiados e poderia ameaçar a Europa.

A Rússia solicitou que a reunião dos membros do Conselho de Segurança para informasse sobre o encontro mantido há poucos dias entre Turquia e Irã sobre os planos do governo para a recuperação de Idlib, o último reduto ainda nas mãos dos rebeldes na Síria.

“Não há dúvida de que uma operação militar em larga escala resultaria em uma grande catástrofe humanitária”, disse o embaixador turco, Feridun Sinirlioglu, na reunião.

Os ataques aéreos e bombardeios em Idlib, onde vivem cerca de três milhões de pessoas, desencadearão uma “enorme onda de refugiados e um tremendo risco de segurança para a Turquia, o resto da Europa e mais além”, alertou.

A Turquia, que enviou tropas a Idlib e apoia alguns grupos armados rebeldes, pediu um “cessar-fogo imediato” e urgiu que “a comunidade internacional apoie verbal e ativamente os nossos esforços para acabar com isso”.

Rússia e Irã rejeitaram o apelo da Turquia por um cessar-fogo na cúpula de presidentes realizada em Teerã na sexta-feira.

Mais tarde, durante um discurso solene, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a província de Idlib “não deve se converter em um banho de sangue”, e pediu que Rússia, Irã e Turquia façam todo o possível para proteger os civis.

“Combater o terrorismo não exime os beligerantes de suas obrigações previstas pelo direito internacional”, acrescentou Guterres nesta nova declaração, na qual pediu uma solução pacífica.