As ações da catarinense Tupy dispararam 8% na segunda-feira (18) após o anúncio da aquisição de 100% dos ativos da MWM do Brasil, subsidiária da americana Navistar International Corporation. Com o negócio, no valor de R$ 865 milhões, a Tupy dá mais um passo para verticalizar sua operação, indo além da produção de blocos e cabeçotes. Ela vai produzir também motores acabados, com foco especial em produtos voltados para descarbonização. Líder na produção de motores de combustíveis como GNV, biogás, biodiesel e de geração elétrica, a MWM é especializada em veículos pesados e tem entre seus clientes líderes da indústria brasileira, europeia e americana de caminhões, ônibus, máquinas e geradores de energia. Hoje, mais de 20% dos caminhões que rodam no Brasil têm um motor da MWM. Com a compra, a Tupy também avançará no mercado de reposição de peças e de geração elétrica. A conclusão do negócio está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores. A Tupy teve uma receita líquida de R$ 7 bilhões em 2021 e uma geração de caixa medida pelo Ebitda de R$ 802 milhões.

QUEM VEM LÁ
Inter mira aNasdaq. De novo

O Banco Inter retomou os planos para listar suas ações na bolsa de tecnologia Nasdaq. A meta é transferir todos os papéis para Nova York e restringir à B3 a negociação de Brazilian Depositary Receipts (BDR). Na reestruturação societária, os controladores vão criar ações específicas, que terão dez votos cada uma. Não é a primeira vez que o Inter tenta esse movimento, em busca de investidores mais interessados em sua proposta digital do que os brasileiros. A primeira tentativa ocorreu em dezembro de 2021.

SHOPPING
Aliansce reafirma interesse na brMalls 

A Aliansce Sonae fez uma proposta de combinação de negócios mais favorável aos acionistas da brMalls. Nela, a Aliansce ofereceu pagar R$ 1,25 bilhão em dinheiro e melhorou a relação de troca. Cada ação da brMalls receberá 0,3940 de ação da nova companhia, acima do valor anterior de 0,3341. Na segunda-feira (18), a brMalls divulgou sua prévia operacional do primeiro trimestre, com aumento de 5% nas vendas ante o mesmo período em 2019, ano pré-pandemia, totalizando aproximadamente R$ 5,1 bilhões.

INCORPORADORAS
JHSF: shoppings crescem, construção encolhe 

As vendas da divisão de incorporação da JHSF caíram 11,5% no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 306,7 milhões. Essa baixa foi compensada, porém, por um aumento de 86,8% no faturamento da divisão de shoppings, que foi de R$ 788,5 milhões. O destaque ficou por conta do Shopping Cidade Jardim e do Catarina Outlet. Já a divisão de hotéis, a taxa de ocupação se recuperou, indo a 53,5% ante os 40% registrados em 2021. A melhora do ritmo já começa a aparecer nos resultados, segundo a companhia.

DESTAQUE NO PREGÃO
Bancos brasileiros lideram em rentabilidade 

Os bancos brasileiros perderam a liderança de maior rentabilidade sobre patrimônio (ROE) entre bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões, mas ainda seguem entre os 10 melhores do mundo, segundo a Economatica. No geral, a rentabilidade patrimonial mediana dos quatro bancos brasileiros em 2021 foi de 16,5%, uma queda de 6,6 pontos percentuais ante 2020. O Santander Brasil foi o que registrou o melhor ROE entre os grandes pelo quarto ano consecutivo. O ranking é liderado pelos americanos Capital One, com retorno de 20,4%, e Ally Financial (19,3%). No terceiro lugar vem o Santander com 18,9%.

VESTUÁRIO
Renner deve abrir 40 lojas em 2022

A Lojas Renner continuará apostando na estratégia de expansão acelerada e prevê a abertura de 40 lojas até o fim de 2022. O plano inclui não só a marca Renner, que terá 20 das novas lojas, mas também os outros negócios. Serão 10 novos espaços da Youcom (moda), cinco da Camicado (casa e decoração) e cinco da Ashua (moda plus size). Hoje, a companhia soma 639 unidades físicas espalhadas pelo Brasil, além de Uruguai e Argentina.