O mercado de gemas e metais preciosos defende uma simplificação dos tributos que incidem sobre as joias, com a Reforma Tributária. Por exemplo, as joias acabadas brasileiras, que fazem sucesso em vários países do mundo, também se encarecem ao pagar imposto de importação para pedras que são utilizadas em sua confecção. “Se isso acabar, poderíamos crescer 5 pontos acima do PIB”, diz Ecio Morais, diretor do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM). O Brasil é grande produtor de pedras rosadas, como topázio, turmalina e ametista, sendo que 80% da produção é exportável. O IBGM, no entanto, vê com preocupação as propostas de mudanças de regras de mineração feitas pelo governo. Apesar de o instituto defender uma liberação ambiental mais ágil, o Brasil não pode ficar conhecido por expandir a sua exploração em território indígena. “Isso poderia dar má fama ao produto brasileiro”, diz Morais. “Seria um tiro no pé.” Na década passada, ficaram famosos os “diamantes de sangue”, que sofreram sanções da ONU, por serem motivo de conflitos em vários países.

(Nota publicada na Edição 1134 da Revista Dinheiro)