O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou nesta terça-feira (13) um informe republicano do Congresso que diz não ter havido conluio entre sua campanha, em 2016, e a Rússia, embora o relatório tenha sido rejeitado pelos democratas.

“Estamos muito felizes com a decisão do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes, que diz que não houve absolutamente nenhum conluio com relação à Rússia”, afirmou o presidente.

“Estamos muito, muito felizes com esta decisão. Foi uma decisão poderosa e não resta dúvida”, acrescentou.

Na segunda-feira, o Comitê controlado pelos republicanos concluiu seu informe após um ano de investigações e determinou que não há evidências de uma cooperação entre a campanha de Trump e Moscou.

“Não encontramos evidência de conluio, coordenação ou conspiração entre a campanha de Trump e os russos”, declararam em um resumo do informe.

Indicando que deixaram a investigação, o painel também rejeitou a noção de que Moscou especificamente tentou impulsionar a chegada de Trump à Casa Branca, uma conclusão alcançada pela Inteligência americana em janeiro de 2017.

Os democratas neste polarizado Comitê imediatamente refutaram os resultados da investigação e destacaram que houve indícios de conluio e que o Comitê ainda tinha muitas testemunhas para entrevistar.

O democrata Adam Schiff, também parte do painel, avaliou que a finalização da investigação foi decidida por pressões da Casa Branca. O chefe do Comitê, Devin Nunes, é um aliado próximo de Trump.

A ação para terminar a indagação “é outro trágico marco deste Congresso e representa outra capitulação perante o poder Executivo”, disse Schiff em um comunicado.

“Soubemos de muitas cosas sobre incontáveis reuniões secretas, conversas e comunicações entre funcionários da campanha de Trump e os russos, tudo o que inicialmente a administração de Trump negou”, acrescentou.

“Se os russos têm influência sobre o presidente dos Estados Unidos, a maioria (republicana, ndr) simplesmente decidiu que é melhor não sabê-lo”, disse.

A campanha de Trump continuará sob investigação do Comitê de Inteligência do Senado, onde os dois partidos cooperam mais de perto, e pelo procurador-especial Robert Mueller, que já processou vários ex-colaboradores do presidente.