Os resultados das principais bolsas de valores mundiais na última semana acenderam sinal de alerta da economia mundial, com perspectivas negativas surgindo e a palavra recessão voltando ao vocabulário do mercado financeiro. Um dos principais pivôs do medo global é a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que vem congelando investimentos nas principais economias do planeta, causando receios em grandes players do mercado. Mas para a Casa Branca e Donald Trump, não há motivos para se preocupar com o empasse com a China.

No domingo (18), o presidente americana declarou que vê pouco risco de recessão em um futuro próximo, e disse que a guerra comercial não afeta os Estados Unidos. Disse porém, que ainda não está pronto para fazer uma acordo com a China, e que seu governo tem conversas “muito, muito substanciais” com o país asiático. “Os chineses querem fazer um acordo, vamos ver o que acontece”, declarou o republicano a repórteres.

“A China precisa mais de um acordo do que os Estados Unidos”, afirmou, acusando chineses de serem “muito orgulhosos enquanto sua economia está com problemas”.

Contudo, o líder da Casa Branca disse que a Huawei, gigante chinesa da área tecnológica, é uma empresa com a qual os americanos não devem fazer negócios, “por questões de segurança nacional”.

Trump ressaltou que o presidente da China, Xi Jinping, tem capacidade para resolver o que chamou de “problema de Hong Kong” – referindo-se aos protestos na região, que se arrastam há meses -, mas ponderou que será “mais difícil” fazer um acordo comercial com o país asiático em caso de ação violenta sobre os manifestantes.