O presidente Donald Trump assinou neste sábado (8) um decreto executivo para implementar um plano de ajuda para os americanos, após os partidos Republicano e Democrata fracassarem nas tentativas de entrar em acordo sobre um novo pacote de estímulos econômicos.

“Estamos fartos e vamos salvar os empregos americanos e proporcionar ajuda aos trabalhadores”, declarou o mandatário dos Estados Unidos em coletiva de imprensa em seu clube de golfe de Bedminster, em Nova Jersey.

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Com a taxa de desemprego em dois dígitos, uma ampla interrupção das normas de distanciamento social pelas empresas e o crescente número de contaminações por COVID-19, muitos americanos dependem das medidas de ajuda aprovadas pelo Congresso para sobreviver, mas a maioria destes estímulos expirou em julho.

Trump afirmou que a decisão de esquivar do Congresso emitindo uma ordem executiva significa que o dinheiro da ajuda poderá “ser distribuído rapidamente”.

Uma das ordens tem como objetivo conceder 400 dólares semanais a serem adicionados à ajuda de custo para os desempregados. Outras duas medidas oferecem certa proteção contra despejos de inquilinos que não conseguem pagar aluguéis e ajuda para empréstimos estudantis.

Uma quarta medida, que não tem o apoio tanto de democratas como de republicanos, ordena um congelamento dos impostos nas folhas de pagamento.

Trump afirmou também estar trabalhando em novas ideias para cortes de impostos.

Contudo, os decretos do presidente poderão ser questionados nos tribunais por irem contra a vontade do Congresso, que tem poder constitucional sobre a maioria das decisões de gastos.

Democratas, republicanos e a Casa Branca trabalharam na semana passada na tentativa de um acordo no Congresso sobre o projeto de um novo plano de ajuda, mas os esforços foram infrutíferos.

Os democratas apoiavam um pacote de estímulos de 3 trilhões de dólares para reanimar a economia, fortalecer os serviços postais a tempo da eleição presidencial e dar aos desempregados um pagamento extra de 600 dólares semanais.

Os republicanos não aceitam que o pacote de estímulos tenha valor superior a 1 trilhão de dólares.

Trump, que aparece atrás do rival democrata Joe Biden nas pesquisas eleitorais, enfrenta duras críticas por seu gerenciamento dos assuntos relacionados à saúde e economia, duas áreas duramente atingidas pela pandemia do coronavírus.