O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (14) o fim do tratamento preferencial a Hong Kong por parte dos EUA, e disse que assinou a lei de sanções para penalizar funcionários chineses que aplicarem as novas regras de segurança na antiga colônia britânica.

“Hoje assinei a legislação e ordem executiva para que a China seja responsabilizada por suas ações opressivas contra o povo de Hong Kong”, afirmou Trump, em uma coletiva de imprensa.

“A liberdade lhes foi tirada; seus direitos lhes foram tirados”, acrescentou o presidente americano.

“E assim vai Hong Kong, em minha opinião, porque não conseguirá mais competir no livre mercado. Muitas pessoas deixarão Hong Kong”.

Trump informou ter assinado a Lei de Autonomia de Hong Kong, que foi aprovada no Congresso após Pequim adotar a severa lei de segurança nacional em Hong Kong.

A nova lei americana autoriza sanções contra autoridades chinesas e a polícia de Hong Kong, vistas como um impedimento à autonomia da cidade. Além disso, de forma crucial, prevê aplicá-las a quaisquer bancos que façam transações importantes com eles.

Anteriormente, os legisladores tinham dito que alguns funcionários do governo Trump teriam hesitado sobre a legislação porque diminuiria a capacidade do presidente de renunciar às sanções.

A nova lei da China aplicada a Hong Kong criminaliza, entre outros delitos, a subversão. Ela gera temores nesse centro financeiro, que antes de ser devolvido à China pelo Reino Unido, em 1997, teve como promessa de Pequim a garantia de sua autonomia.