O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, descreveu nesta terça-feira (8) de “ataque terrorista” o assassinato de quatro membros de uma família muçulmana, atropelados por um homem que dirigia uma van na cidade de London, Ontário.

“Este massacre não foi um acidente. Foi um ataque terrorista, motivado pelo ódio, no coração de uma de nossas comunidades”, disse Trudeau durante um discurso na Câmara dos Comuns.

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O autor do ataque, preso pouco depois, foi acusado de quatro acusações de homicídio premeditado e vários líderes da comunidade muçulmana pediram que a Justiça descreva a ação como ato de terrorismo.

As vítimas são duas mulheres, de 74 e 44 anos, um homem de 46 e um adolescente de 15, disse o prefeito de Londres Ed Holder, que não divulgou seus nomes.

Um menino de nove anos da mesma família também foi hospitalizado em estado grave após o ataque, ocorrido na noite de domingo na cidade de London, 200 quilômetros a sudoeste de Toronto.

“Esperamos que a criança possa se recuperar rapidamente dos ferimentos. Embora saibamos que ela viverá por muito tempo com a tristeza, incompreensão e raiva causados por este ataque covarde e islamofóbico”, acrescentou o chefe do governo canadense.

De acordo com a polícia, por volta das 20h40 locais de domingo, os cinco familiares estavam esperando para atravessar a faixa de pedestres quando uma van preta “subiu o meio-fio e os atingiu”.

O drama reacendeu a dolorosa memória de um tiroteio em massa em uma mesquita de Quebec em 2017 e um ataque com um carro em Toronto que matou 10 pessoas em 2018.

“Eles foram escolhidos por sua fé muçulmana”, disse Trudeau, relembrando os ataques.

“Isso acontece aqui no Canadá e deve acabar”, acrescentou, prometendo fortalecer a luta contra os grupos extremistas.