A diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Rochelle Walensky, esclareceu nesta quarta-feira, 14, em coletiva de imprensa, que foram registrados apenas seis casos de trombose em todos os 7,2 milhões de cidadãos americanos imunizados contra a covid-19 com a vacina de dose única da Johnson & Johnson. A taxa de evento adverso, ou seja, é de 0,0001%.

A fala de Walensky vem um dia após o CDC e o FDA – a “Anvisa americana” – recomendarem a suspensão do uso do profilático da J&J devido à possibilidade de formação de coágulos sanguíneos, efeito colateral considerado raríssimo devido à baixa incidência.

Apenas para efeito de comparação, estudo publicado na biblioteca virtual do Instituto de Saúde Nacional dos Estados Unidos mostra que a ocorrência de trombose entre adolescentes que fazem uso de pílulas anticoncepcionais é muito maior, com taxa de 0,05%.

Apesar da raridade de casos, Walensky defendeu, na coletiva de imprensa, o pedido de suspensão da vacina. “Em primeiro lugar, queremos alertar os profissionais de saúde para esses eventos raros pós-vacinação. Em segundo lugar, podem haver casos adicionais a relatar”, argumentou a diretora do CDC.

Segundo ela, os casos de trombose verificados são semelhantes aos informados, igualmente raros, com vacinas da AstraZeneca. “E não vemos esses eventos em vacinas da Pfizer e da Moderna”, acrescentou.

O coordenador da resposta da Casa Branca ao coronavírus, Jeff Zients, também participou da coletiva de voltou a dizer que a suspensão da vacina da Johnson & Johnson não vai atrasar o processo de imunização em massa nos EUA.

“A vacina da J&J representa menos de 5% das mais de 190 milhões de vacinas americanas”, destacou. “As vacinas da Pfizer são mais do que suficientes para manter o ritmo de vacinação e cumprir a meta do presidente de aplicar 200 milhões de doses até seu 100º dia de mandato. Todos os adultos que desejem estarão vacinados até o final de maio”, garantiu Zients.