A utilização do anticoagulante rivaroxabana em dosagem alta não auxilia na melhora e ainda aumenta o risco de sangramentos em pacientes hospitalizados com Covid-19, segundo estudo da Coalizão Covid-19 Brasil, e divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo.

A coalizão envolve os Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, HCor, Moinhos de Vento (Porto Alegre), Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa de São Paulo, além do Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

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Foram observados 615 pacientes no estudo, divididos em dois grupos, com um acompanhamento por 30 dias.

O primeiro, com 311 participantes, recebeu a dosagem terapêutica do anticoagulante (dose maior), isto é, a mesma utilizada para tratar pacientes que já têm trombose.

O segundo grupo, por sua vez, com 304 doentes, recebeu a dose profilática do anticoagulante heparina, usado rotineiramente em qualquer doente hospitalizado para reduzir o risco da formação de coágulos.

Conclusões

Pesquisadores observaram que o remédio além de não ser capaz de reduzir de forma significativa os coágulos em pacientes de Covid-19 foi associado a uma maior incidência de sangramentos.

A ocorrência de sangramentos relevantes foi de 8,4% no grupo terapêutico e de 2,3% no grupo profilático, o que demonstra que o risco desse evento adverso ocorre nos pacientes tratados com dosagem maior de anticoagulante.

A ocorrência de Infarto e AVC foi observada em 7,4% dos pacientes que utilizaram rivaroxabana de forma terapêutica e em 9,9% dos que tomaram a dose profilática.